terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

PRESOS SÃO MORTOS E DECAPITADOS EM PINHEIRO

Por volta das 22h30 desta segunda-feira (7), detentos da Delegacia Regional de Pinheiro deram início a uma rebelião. Até o momento, a polícia confirmou a morte de seis presos. Destes, quatro foram decapitados.


O motim teria sido motivado pela superlotação na delegacia. Segundo a delegada Laura Amélia Barbosa, a delegacia teria, atualmente, mais de noventa detentos. O local tem capacidade para 30.

Ainda de acordo com a delegada, os presos que foram assassinados tiveram as cabeças penduradas nas grades da delegacia.

- O clima é tenso. Eles [detentos] já arremessaram um olho de um preso da cela. O reforço policial de São Luís já está a caminho. Os presos dizem que seis foram mortos. Destes, alguns foram decapitados e tiveram as cabeças penduradas na grade. Eles ameaçam matar mais pessoas – explicou a delegada.

A polícia acredita que todos os detentos mortos nesta rebelião seriam acusados de pedofilia e abusos sexuais. Uma das vítimas poderia ser José Agostinho Bispo Pereira, 55 anos, preso por ter abusado as filhas em Pinheiro.

O caso teve repercussão internacional. José Agostinho havia sido preso em flagrante no dia 8 de junho de 2010. A polícia investigou o caso durante 15 dias, após denúncias e comentários da população. A filha, com quem ele mantinha um relacionamento matrimonial, tem 29 anos e era abusada desde o 12. A polícia comprovou, ainda, que a filha-neta de 8 anos já estava sendo abusada pelo pai-avô.

José Agostinho mantinha a família afastada, sem ir à escola, pois sabia que, se alguém descobrisse, seria preso pela polícia.

Em junho de 2010, também ocorreu uma rebelião pelos mesmos motivos na Delegacia de Pinheiro. Na época, os detentos protestavam contra a falta de higiene e superlotação. Após a negociação, 40 presos foram transferidos para outras delegacias em comarcas próximas.

Um padre, um pastor e um representante da OAB ajudam a polícia na negociação. Mais de cem policiais estão cercando a delegacia. Há homens da Polícia Militar, da Polícia Civil e do Grupo Tático Aéreo (GTA). O coronel Franklin Martins, comandante-geral da Polícia Militar, também está no local.
(Com informações do Imirante)

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