A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira a Operação Tapete Persa, de combate à exploração, abuso sexual e pedofilia na internet. A previsão é que sejam cumpridos 81 mandados de busca e apreensão em nove Estados - Alagoas, Ceará, Goiás, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo - além do Distrito Federal. Por volta das 11h, a polícia ainda não tinha o número de presos.
Coordenada em âmbito nacional pela Divisão de Direitos Humanos da PF, a operação envolve a participação de 400 policiais federais e tem caráter internacional, em cooperação com a Interpol e a Polícia Criminal de Baden-Württenberg, que fica no sudoeste da Alemanha.
A troca de arquivos digitais que continham imagens de violência sexual envolvendo crianças e adolescentes foi informada pela polícia alemã à Interpol no final de 2008 e chegaram ao conhecimento da Divisão de Direitos Humanos da Polícia Federal no Brasil.
Durante a Operação Perserttepich & Collection, deflagrada em junho de 2009, a polícia alemã realizou o monitoramento de redes ponto-a-ponto na internet, utilizadas para o compartilhamento dos arquivos digitais, entre eles as imagens e vídeos envolvendo menores.
O nome da operação - Tapete Persa - faz alusão a um dos vídeos compartilhados pelos pedófilos, em que se notam imagens de uma criança de aproximadamente 6 anos sendo abusada sexualmente, tendo como pano de fundo um tapete persa.
Após realizar a varredura da rede mundial de computadores, em busca de suspeitos que estariam distribuindo, compartilhando e divulgando tais materiais, a polícia alemã identificou milhares de usuários em todo o mundo, inclusive no Brasil, realizando a conduta ilícita.
Ainda no primeiro semestre de 2009, a unidade central da PF para crimes de pedofilia iniciou investigações preliminares para identificação dos locais utilizados pelos suspeitos no Brasil e individualização de cada uma das condutas praticadas.
Ainda no primeiro semestre de 2009, a unidade central da PF para crimes de pedofilia iniciou investigações preliminares para identificação dos locais utilizados pelos suspeitos no Brasil e individualização de cada uma das condutas praticadas.
Posteriormente, mediante autorização judicial da 12ª Vara da Justiça Federal do Distrito Federal e manifestação do Ministério Público Federal, a PF encaminhou para suas unidades descentralizadas os endereços dos suspeitos obtidos junto aos provedores de internet.
A partir daí, foram instaurados inquéritos policiais, levantamentos de inteligência e solicitados mandados de busca e apreensão, visando à deflagração conjunta da Operação Tapete Persa nos Estados.
Caso sejam encontrados imagens ou vídeos retratando cenas de exploração ou abuso sexual, além de crime de divulgação de tais imagens na rede mundial de computadores, previsto no art. 241-A da Lei 8069/90 (ECA), os infratores poderão ser presos em flagrante delito por posse de pornografia infantil - art. 241-B também do ECA - sem prejuízo de responsabilização criminal por outras condutas conexas e pagamento de multa.
Somadas as penas, os suspeitos poderão ficar presos por mais de 15 anos.
Com informações do Terra
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