segunda-feira, 2 de maio de 2011

O que eles disseram em 2007…


Do blog de Jorge Aragão


Quem vê atualmente os deputados Marcelo Tavares (PSB) e Rubens Júnior (PCdoB) na Tribuna da Assembleia Legislativa empunhando a bandeira dos professores da rede pública estadual de ensino, pode imaginar que os parlamentares são defensores árduos da educação maranhense, mas nem sempre foi assim.

Os dois deputados, hoje oposicionistas, outrora eram governo e tinham uma postura totalmente diferente na época das “vacas gordas”. Em 2007, durante a maior greve de professores de todo o Maranhão (90 dias), jamais usaram a Tribuna como fazem atualmente, parece que nem são os mesmos deputados.

O Blog fez um levantamento interessante sobre a postura de ambos, apenas para corroborar com o que vem sendo dito aqui sobre o posicionamento de alguns oposicionistas sobre a greve dos professores (leia aqui).

Tudo que será postado foi transcrito do Diário Oficial da Assembleia Legislativa. Observem o que disse o deputado Marcelo Tavares sobre a greve dos professores em 2007, quando aparteou o deputado Hélio Soares, no dia 14 de agosto.

“Deputado, eu entendo que, se esta Casa errou em algum momento em relação ao Estatuto do Magistério, não foi no final do ano passado, foi em 1994 quando se aprovou o Estatuto completamente fora da realidade, o que rendeu uma situação ilusória para os professores deste Estado e que, de fato, nunca foi cumprido por governador nenhum que passou aqui no Estado depois disso, simplesmente porque era impossível cumprir. Nem Roseana nem o governo José Reinaldo, porque era impagável aquela situação vendida e colocada na Legislação lá em 1994. O que aconteceu aqui, no final do ano passado, foi uma necessária correção disso e eu espero e tenho certeza de que a greve vai acabar no prazo mais curto possível e que aí o Estado e os professores possam sentar de fato na Mesa e fazer um Estatuto que garanta as melhores condições de trabalho possíveis aos professores, mas que também seja possível fazer esses pagamentos sem quebrar o Estado. Tenho certeza de que, num ambiente pós-greve, sem esse momento que nós vivemos de disputas, que é até normal no ambiente de greve, eu tenho certeza de que o Estado e os professores vão sentar e encontrar um caminho que realmente seja bom para o Magistério Maranhense, mas também pelo qual seja possível que o Governo possa pagar aquilo que estiver na lei. Muito obrigado, deputado.”

Marcelo Tavares inclusive tem se transformado numa “metralhadora ambulante” atirando para todos os lados, mas com isso tem cometido algumas incoerências.

Já o deputado Rubens Júnior, em aparte ao deputado Ricardo Murad, no dia 20 de agosto de 2007, disse o seguinte:

“Eu particularmente não concordo com V.Exª. porque o artigo 7º da lei que foi tão discutido, tão mencionado especialmente pela ala governista, já garantia que não haveria perdas, mas a crítica que eu quero fazer aos dirigentes da greve, aos dirigentes sindicais é que esperar 80 dias para se começar a discutir a partir do subsídio é que foi um exagero, a partir de agora se for declarada inconstitucional e que a partir de agora, irão oferecer a primeira proposta considerando-se o subsídio, porque até hoje nos 80 dias que temos de greve todas as propostas foram em cima de vencimentos, era o aparte que eu queria fazer.”

O tempo passa, o mundo gira e na política isso acontece, infelizmente, numa velocidade incrível. Recordar é viver!!!

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