De: AFP e R7
No dia em que o acidente do voo 447 da Air France completa um ano - a aeronave caiu no Atlântico durante voo entre Rio e Paris na noite de 31 de maio de 2009, pelo horário brasileiro (1º de junho pelo horário europeu) - investigadores, pilotos e fabricante continuam sem conseguir explicar as razões da tragédia. Todos os 228 ocupantes morreram.
A tragédia causou comoção internacional e ficou marcada como uma das piores da aviação envolvendo vítimas brasileiras. Também levantou sérias dúvidas sobre a segurança dos voos internacionais, apesar de especialistas dizerem que nunca foi tão seguro voar quanto agora.
Nesta terça-feira (1º), a companhia organizará em Paris uma cerimônia privada em homenagem às 228 vítimas, seguida da inauguração de uma placa no cemitério de Père Lachaise. São esperadas até 1.200 pessoas. Uma comitiva com familiares das vítimas brasileiras viajou para a França para acompanhar o evento.
As caixas-pretas ainda não foram encontradas, e parentes das vítimas que consideram que não foram investigadas todas as pistas. O presidente da associação Ajuda e Solidariedade AF447, Jean-Baptiste Audousset, tem essa opinião. Para ele, é incompreensível o fato de que foram encontrados "apenas 3% ou 4% do avião".
Jean-Paul Troadec, diretor do BEA (sigla em francês para Escritório de Investigações e Análises), encarregado das investigações técnicas, disse que sem as caixas-pretas, que registraram os parâmetros do voo, "será difícil ter uma investigação conclusiva".
Como não encontraram muitos restos, os órgãos de aeronáutica sugerem com prudência que o avião deve ter se deslocado no momento do impacto com a água, como ocorreu com outro A330 da companhia líbia Al-Afriqiyah, quando aterrissou em Tripoli em meados de maio. Por enquanto, a única certeza é que as sondas Pitot que medem a velocidade da aeronave, fabricadas pelo grupo Thales, são "um elemento que contribuiu para o acidente".
Eric Derivry, porta-voz do SNPL, o principal sindicato de pilotos da Air France, diz que "o ponto de partida é a deficiência das sondas, mas há um grande vazio entre esse fato (...) e a queda. O BEA repetiu várias vezes que esse elemento não bastava para explicar a tragédia, a tal ponto que suscitou questionamentos entre as famílias sobre sua maneira de levar a investigação adiante.
Michel Guérard, um dos responsáveis pela segurança do Airbus, afirma que o acidente é "um drama e um mistério para a comunidade aeronáutica inteira".
Definitivamente, queremos saber as causas do acidente e seu desencadeamento.
Acidente pode ter tido outras causas
No dia em que o acidente do voo 447 da Air France completa um ano - a aeronave caiu no Atlântico durante voo entre Rio e Paris na noite de 31 de maio de 2009, pelo horário brasileiro (1º de junho pelo horário europeu) - investigadores, pilotos e fabricante continuam sem conseguir explicar as razões da tragédia. Todos os 228 ocupantes morreram.
A tragédia causou comoção internacional e ficou marcada como uma das piores da aviação envolvendo vítimas brasileiras. Também levantou sérias dúvidas sobre a segurança dos voos internacionais, apesar de especialistas dizerem que nunca foi tão seguro voar quanto agora.
Nesta terça-feira (1º), a companhia organizará em Paris uma cerimônia privada em homenagem às 228 vítimas, seguida da inauguração de uma placa no cemitério de Père Lachaise. São esperadas até 1.200 pessoas. Uma comitiva com familiares das vítimas brasileiras viajou para a França para acompanhar o evento.
As caixas-pretas ainda não foram encontradas, e parentes das vítimas que consideram que não foram investigadas todas as pistas. O presidente da associação Ajuda e Solidariedade AF447, Jean-Baptiste Audousset, tem essa opinião. Para ele, é incompreensível o fato de que foram encontrados "apenas 3% ou 4% do avião".
Jean-Paul Troadec, diretor do BEA (sigla em francês para Escritório de Investigações e Análises), encarregado das investigações técnicas, disse que sem as caixas-pretas, que registraram os parâmetros do voo, "será difícil ter uma investigação conclusiva".
Como não encontraram muitos restos, os órgãos de aeronáutica sugerem com prudência que o avião deve ter se deslocado no momento do impacto com a água, como ocorreu com outro A330 da companhia líbia Al-Afriqiyah, quando aterrissou em Tripoli em meados de maio. Por enquanto, a única certeza é que as sondas Pitot que medem a velocidade da aeronave, fabricadas pelo grupo Thales, são "um elemento que contribuiu para o acidente".
Eric Derivry, porta-voz do SNPL, o principal sindicato de pilotos da Air France, diz que "o ponto de partida é a deficiência das sondas, mas há um grande vazio entre esse fato (...) e a queda. O BEA repetiu várias vezes que esse elemento não bastava para explicar a tragédia, a tal ponto que suscitou questionamentos entre as famílias sobre sua maneira de levar a investigação adiante.
Michel Guérard, um dos responsáveis pela segurança do Airbus, afirma que o acidente é "um drama e um mistério para a comunidade aeronáutica inteira".
Definitivamente, queremos saber as causas do acidente e seu desencadeamento.
Acidente pode ter tido outras causas
Vários especialistas destacam que o congelamento das sondas, que ficaram inoperantes no AF447, também ocorreu em outros aviões, sem que se produzisse acidente semelhante, o que faz pensar que há outras causas. Um especialista da Airbus explica:
- Pode se tratar de erro de pilotagem, de incidentes técnicos adicionais, mas as mensagens Acars [emitidas pela aeronave] não revelaram. E ninguém tem informações sobre o comportamento da tripulação.
Daí a importância de se encontrar as caixas-pretas. Espera-se que elas possam ser exploradas, mesmo depois de um ano submersas. Já foram realizadas três operações de buscas, em vão, o que provocou a frustração de pilotos e famílias das vítimas, que querem que os investigadores continuem procurando.
- Pode se tratar de erro de pilotagem, de incidentes técnicos adicionais, mas as mensagens Acars [emitidas pela aeronave] não revelaram. E ninguém tem informações sobre o comportamento da tripulação.
Daí a importância de se encontrar as caixas-pretas. Espera-se que elas possam ser exploradas, mesmo depois de um ano submersas. Já foram realizadas três operações de buscas, em vão, o que provocou a frustração de pilotos e famílias das vítimas, que querem que os investigadores continuem procurando.
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